DNP: uma substância ilegal e fatal a saúde

A busca constante pela rápida perda de peso está fazendo com que milhares de pessoas coloquem suas vidas em risco ao consumirem ou injetarem substâncias “emagrecedoras”, sendo boa parte delas proibidas em escala global devido aos seus efeitos colaterais que são completamente prejudiciais a saúde.

Um dos destaques dos últimos tempos em relação a esse assunto são as pílulas de DNP ou 2,4-dinitrofenol. O alerta de ingestão desse comprimido está sendo articulado pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), onde a associação afirma que os efeitos desse medicamento são potencialmente letais e por isso está sendo considerado como uma droga ilícita em escala global.

As análises dos componentes desse produto começaram a ser destacadas como prejudiciais após o falecimento de Eloise Aimee Parry, uma aluna da Universidade de Glyndwr, na Inglaterra, no dia 24 de Abril de 2015. O diagnóstico do laudo evidenciou que a moça estava com os órgãos completamente lesionados, como se estivessem queimados.

DNP: uma substância ilegal e fatal a saúde
Representação de cápsulas de DNP.
(Foto: Reprodução)

Especialistas revelaram que as causas desse acontecimento estão fortemente ligadas ao consumo das oito pílulas de DNP que Eloise ministrou nos últimos dias. A elevada dose desse composto químico fez com que o sistema de defesa do corpo ficasse frágil, desestabilizado e sem forças ou condições para reagir as fortes toxinas letais.

O alerta francês eminente a este caso fez com que os Governos mundiais voltassem a ter mais atenção ao 2,4-dinitrofenol, isso porque a sua proibição já havia sido realizada uma vez, na década de 30. Muitos dos seus consumidores não sabem, mas a primeira manipulação dessa propriedade foi executada na Primeira Guerra Mundial, para a fabricação de explosivos.

Como o DNP funciona?

Essa substância age no organismo fornecendo a elevação da temperatura corporal, característica que reproduz o processo da quebra de gordura porque a energia começa a ser liberada em forma de calor e não como um “combustível” para as funções vitais.

As elevadas temperaturas expõe os órgãos a sérias queimaduras, o que faz com que diversos problemas surjam e a morte do indivíduo aconteça em poucas horas ou dias. Os médicos afirmam que a maioria dos quadros são irreversíveis, onde os pacientes são expostos a crises de overdoses.

Perigo!

A venda do 2,4-dinitrofenol é manipulada via internet, onde os vendedores tentam burlar a fiscalização adotando novos produtos que contém a substância, como pó amarelado e laranjado (que se assemelha muito ao açafrão), pílulas e até mesmo cremes.

Segundo a Interpol e outras instituições, a compra desse composto voltou a crescer nos últimos anos, ação que está gerando muita preocupação para as agências internacionais de saúde, como a OMS (Organização Mundial de Saúde).

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