Como surgiu a lenda dos cupidos

Como surgiu a lenda dos cupidos

O Cupido é um dos maiores símbolos do amor desde a Antiguidade Clássica ou muito tempo antes disso, mas nem todos sabem o porque dessa ligação. O forte questionamento disso se dá com mais intensidade quando se aproxima o Dia dos Namorados e outras datas em que os casais se unem para comemorar o laço que os unem.

Observando bem, é difícil associar a junção do amor com um ser pequeno de asas que carrega consigo flechas apaixonantes, que ao serem direcionadas e atiradas aos homens fazem com que eles fiquem perdidamente apaixonados. Toda essa contextualização parece não ter fundamentos, mas ao acompanhar as lendas da mitologia grega e da Roma Antiga, tudo começa a fazer sentido.

Para os gregos, o Cupido ou Éros, era um dos mais belos deuses que despertava amor e carinho em todos os mortais através das suas flechas. O jovem era filho de Ares (deus da guerra) e Afrodite (deusa do amor e da beleza). Já para os romanos, Mercúrio (mensageiro alado dos deuses) e Vênus (deusa da beleza e do amor) é quem eram seus pais.

Surgimento da lenda do Cupido

Essa caracterização teve início quando Éros se apaixonou pela graciosa princesa Psiquê. Por causa da beleza estonteante que possuía, atraindo os olhos de todos, Afrodite/Vênus ficou com ciúmes, ordenando que o filho atirasse uma de suas flechas na moça para que ela se derretesse de amores pelo mais feio e terrível monstro das redondezas em que ela habitava.

Como surgiu a lenda dos cupidos
Representação do Cupido/Éros.
(Foto: Reprodução)

Ao invés disso, o Cupido enamorou Psiquê, talvez por ter lançado uma das suas flechas em sentido ao seu próprio coração. Por ela não ser imortal como ele, propôs de se casar, coloca-la em um palácio extremamente luxuoso para que tivesse uma boa vida, fazendo visitas regulares, mantendo uma companhia extremamente agradável, desde que a garota não olhasse para o seu rosto.

Esse trato fazia com que ela e todos acreditassem que ele fosse realmente um monstro. Com saudades de suas irmãs, Psiquê pediu ao Cupido que deixassem-nas ir até sua moradia para visitá-la e após resistir muito, fez suas vontades. Ao chegar no palácio e ver como tudo era maravilhoso e o quanto sua irmã estava feliz, a inveja as consumiu, fazendo com que elas despertassem na moça a vontade de ver a face da aberração e matá-lo com facadas.

Depois de alguns dias resistindo a tal curiosidade, após o rapaz adormecer, Psiquê apanhou uma faca e uma lâmpada, se destinando até o rosto do seu companheiro. Assim que conseguiu ver a beleza que Éros possuía (com cabelos loiros, enrolados e uma pele corada), deixou sem querer que uma gota de óleo da lâmpada caísse no jovem, fazendo com que ele despertasse.

Assim que o moço percebeu o que realmente estava acontecendo, ficou furioso e fugiu, dizendo a Psiquê que o seu amor estava ferido, que nenhum sentimento sobrevive sem confiança e que ela o traiu. Entristecida, a garota procurou seu parceiro durante muito tempo, indo até mesmo no templo de Afrodite/Vênus, lugar onde realizou várias atividades com a promessa de que seria unida novamente ao Cupido pela sua mãe.

Uma das últimas atividades que realizou foi abrir a caixa dada pela “sogra”, onde ela dizia conter a beleza de Perséfone (mulher de Plutão), mas ao contrário disso, encontrara um sono profundo que a acometeu e fez com que dormisse profundamente. Ao saber de tal fato, Éros ficou furioso com sua mãe, voltou ao templo e desfez o sono mortal que estava dominando a sua amada.

Todos os deus ficaram boquiabertos com a prova de amor, fazendo da princesa mortal uma deusa, a “deusa da alma“, assim o casal passou por toda eternidade juntos.

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